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WTTC PEDE ABANDONO DO “FALIDO E PREJUDICIAL” SISTEMA DE SEMÁFOROS BRITÂNICO
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O World Travel & Tourism Council (WTTC) – Conselho Mundial das Viagens e Turismo – pediu ao Governo britânico para abandonar o sistema de semáforos “falido e prejudicial, se a intenção do Executivo de Boris Johnson for “salvar o setor de viagens e turismo do colapso total”, refere o organismo em comunicado.

De acordo com o WTTC, o polémico sistema “precisa ser descartado para haver esperança de salvar centenas de milhares de empregos em todo o Reino Unido”, depois de ter causado “estragos entre consumidores e empresas de viagens e turismo”.

Segundo o organismo liderado até recentemente por Gloria Guevara, “o setor privado global de viagens e turismo, diz que se isso não acontecer com urgência, mais empresas entrarão em colapso e mais empregos serão perdidos”.

O órgão global de turismo também alertou que o Reino Unido perderá fundos, investimentos e receitas cruciais, e que o investimento no âmbito MICE no Reino Unido” já está a ser transferido para os países europeus vizinhos”, além de perder a “vantagem competitiva gerada pelo bem-sucedido processo de vacinação”.

A mudança para uma abordagem mais transparente e fácil de entender “restauraria a confiança do consumidor e forneceria um impulso muito necessário para as empresas de viagens e turismo que sofreram graves contratempos devido ao sistema de semáforos”, considera o WTTC.

Para Virginia Messina, vice-presidente sénior e CEO interina do WTTC, “esta é hora de o Governo abandonar o sistema de semáforos altamente prejudicial”.

Segundo a mesma, “os consumidores, as companhias aéreas e o setor de viagens em geral receberam a promessa de uma lista de observação e um aviso de três semanas sobre qualquer mudança de verde para âmbar, e não apenas quatro dias. Tem sido incrivelmente perturbador e caro tanto para as empresas de viagens e turismo como para os consumidores”, considera Messina, frisando que “simplesmente não funcionou”.

A CEO interina do WTTC considera ainda que, quem não está totalmente vacinado “deve poder viajar com prova de teste negativo, como o que estamos vendo na UE”, admitindo que o setor das viagens “precisa disso agora se quiser sobreviver neste verão, já que as viagens domésticas por si só não vão salvar o dia”.

O WTTC destaca ainda a mobilidade é “essencial” para ajudar a impulsionar a recuperação económica da pandemia, destacando que existem “mais 218.000 empregos em sério risco, se as viagens internacionais continuarem fora dos limites durante a maior parte do verão”. Se somados os 307.000 empregos que o WTTC diz terem sido já perdidos no Reino Unido no ano passado, a soma ultrapassa o meio milhão de empregos.

Reconhecendo a importância primordial de proteger a saúde pública e a necessidade de evitar viagens para países ou destinos com uma taxa de COVID-19 comprovadamente mais alta, o WTTC defende, há muito, “uma combinação de vacinas, testes, passes digitais de saúde e protocolos de saúde e segurança pode desbloquear viagens internacionais com segurança”.