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BREXIT, SIM!… E AGORA?
Opção Turismo


A curto prazo, praticamente não muda quase nada na forma de viagens das pessoas. Pelo menos é o que diz a ABTA, a associação britânica das agências de viagens britânica.

A explicação assenta nos próximos (talvez) dois anos para a oferta do Reino Unido tal como o é ainda. Ou seja, até à existência de um novo acordo para uma relação comercial futura.

O maior impacto de agora em diante, possivelmente já a sentir-se neste verão, e que vai durar até ao início das negociações para uma saída da UE, será com o mercado da economia mundial e do efeito Brexit sobre as finanças pessoais e corporativas.

BREXIT-200A queda no valor da libra deverá ter um impacto imediato sobre os turistas britânicos e sobra o seu poder de compra no exterior, já que a moeda local perdeu quase 9% de seu valor numa queda inicial. Se não houver uma reação acertada e convincente, as tarifas aéreas, os preços dos hotéis, os receptivos e serviços nas viagens para o exterior serão sentidos.

Segundo uma pesquisa da TravelZoo, divulgada recentemente, 28% dos britânicos estão preocupados com a inflação do preço das suas férias – férias mais caras -, enquanto 56% estão preocupados com a redução de facilidades e flexibilidade com que os cidadãos britânicos podem viajar actualmente dentro da UE.

Logicamente que já existem diversos cenários, qual deles o mais negro, mas ainda é muito cedo para alterar o dia-a-dia de viajantes britânicos. Mas, futuramente, será um enigma.

O processo de mudança será longo e com tendência de rupturas mundiais, de crescimento de tendências nacionalistas e xenófobas que já estão a causar uma preocupação mundial.

Curiosamente e segundo pesquisas, a população com maior nível escolaridade votou a favor da permanência; em posição contrária, a de menor grau de escolaridade. Mas isto é apenas um dos muitos dados estatísticos gerais que não levam a conclusão nenhuma.

Na Grã-Bretanha, ninguém é obrigado a votar, mas o número de votantes foi um recorde histórico. A participação no referendo foi de 72,2% dos 46,5 milhões de eleitores inscritos.