Notícias



Eduardo Cabrita passa para Administração Interna e Siza Vieira entra no Governo
Jornal de Negócios


Eduardo Cabrita vai substituir Constança Urbano de Sousa no cargo de ministro da Administração Interna e Pedro Siza Vieira entra no Governo, anunciou o Executivo de António Costa em comunicado. Na nota enviada às redacções é anunciado que a tomade de posse de ambos terá lugar no próximo dia 21 de Outubro, às 09:00 no Palácio de Belém, antes ainda da realização do Conselho de Ministros extraordinário que irá avaliar as tragédias de Pedrógão e do passado fim-de-semana.

Em nota publicada no site da presidência, o Presidente da República confirma que "aceitou as propostas do primeiro-ministro", tanto as nomeações como a demissão de Constança Urbano de Sousa que pediu esta manhã a exoneração. Marcelo Rebelo de Sousa terá ouvido as propostas feitas por António Costa no encontro que começou esta quarta-feira às 18:00 e que, entretanto, já terminou.

Eduardo Cabrita passa assim a pasta de ministro Adjunto do primeiro-ministro para o advogado Pedro Siza Vieira. Siza Vieira, sócio daLinklaters é um homem próximo de António Costa, com quem mantém uma relação de amizade. No início de Setembro último, o Negócios noticiou que a então antecipada remodelação governamental, que se acreditava iria ter lugar após as autárquicas de 1 de Outubro, Siza Vieira seria um dos rostos do renovado elenco governativo. Siza Vieirajá desempenhoucargos públicos por nomeação do actual Governo.

Já Eduardo Cabrita vai ocupar a pasta agora deixada vaga por Urbano de Sousa num momento em que o Ministério da Administração Interna assume particular importância e em que está sob enorme escrutínio. Cabrita é também alguém próximo do primeiro-ministro, tendo sido secretário de Estado Adjunto de António Costa quando este ocupou a pasta da Justiça no último Governo de António Guterres.

Até aqui Cabrita detinha a pasta da descentralização, que agora fica a cargo de Siza Vieira. No início do mês, no âmbito da sua participação no encontro Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), António Costa relevou a descentralização como uma prioridade e lamentou que as autárquicas tenham impedido a sua concretização, aproveitando para lançar o desafio de que até ao final do ano essa reforma esteja concluída.