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Reclamações contra transportes não param de aumentar
Jornal de Notícias


As reclamações dos clientes nos transportes públicos aumentaram em 2017. Contam-se mais de 61 mil queixas, o que corresponde a uma média de 167 reclamações por dia. Ao mesmo tempo que a generalidade dos operadores recupera passageiros, também cresce a insatisfação quanto à qualidade do serviço prestado. A CP lidera a lista das empresas com mais críticas.

A supressão de carreiras, o incumprimento de horários e de paragens, o excesso de lotação de veículos, as multas, os preços dos bilhetes, as dificuldades de aquisição e de validação dos títulos de transporte por mau funcionamento das máquinas de venda e dos validadores e o deficiente atendimento ao cliente figuram entre as principais razões de insatisfação.

Os relatórios da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) referentes a 2017 mostram que o número de reclamações aumentou em todos os setores, com maior peso no rodoviário e no ferroviário, e até piorou do primeiro para o segundo semestre, além de ter superado a insatisfação denunciada em 2016.

Das 61 319 queixas recebidas, mais de 43 mil foram feitas diretamente aos principais operadores do mercado. As restantes 18 mil foram inscritas no livro de reclamações ou recebidas pela AMT (e cresceram 20% no segundo semestre do ano passado em relação ao período de janeiro a junho). Em 2016, a autoridade tinha registado quase 15 mil reclamações.

A CP, que é uma das transportadoras com mais clientes (122 milhões), ultrapassou as 24 mil queixas. Seguem-se duas empresas da capital: o Metropolitano de Lisboa e a Carris com 6060 e 5487 reclamações respetivamente. A Norte, contam-se 3139 críticas ao serviço da STCP e 1639 ao da Metro do Porto. A Rede Nacional de Expressos também é alvo de 2257 críticas. No entanto, a maioria dos operadores debaixo de fogo dos clientes presta serviço na Área Metropolitana de Lisboa.