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OBJETIVOS, POLÍTICAS E INICIATIVAS PARA O SECTOR TURÍSTICO
Dr. Joaquim Robalo de Almeida


As atuais projeções para a economia portuguesa apontam para uma recuperação moderada da actividade no período 214-2015, após uma contração acumulada de cerca de 6% no período 2011-2013, no contexto do processo de correção de desequilíbrios macroeconómicos que se vinham acumulando ao longo das últimas décadas.

A elevação do potencial de crescimento económico de Portugal só é possível através do aumento da competitividade e da produtividade das empresas nacionais, sobretudo dos sectores mais abertos à concorrência internacional como é o caso do Turismo, sendo necessário, para tal, que o Governo do País conceda a importância devida ao turismo como fonte de receitas da maior importância, tendo tal começado a ser reconhecidos com as declarações do Vice-Primeiro Ministro e do Ministro da Economia ao elegerem o Turismo como motor da Economia nacional.

Do lado das empresas, será determinante em 2014 o alargamento da nossa base exportadora e a procura de novos mercados que valorizem o Turismo português, pelo que desde já se reforça o alerta ás entidades promotoras do Turismo nacional no sentido da criação de grandes campanhas de promoção do destino Portugal.

A revolução operada através das novas tecnologias de informação e comunicação, com destaque para as comunicações móveis, redes sociais com especial destaque para a internet, transformou e continua a transformar a ralação cliente/fornecedor/distribuidor.

Portugal é um destino turístico pelas qualidades que tem enquanto país. É por isso importante melhorar a linha estratégica, para que avancemos de forma rápida e consolidada na dinamização do Turismo em Portugal, à semelhança do que se passa em Espanha, onde o turismo é efetivamente considerado como um motor da economia, apesar de não ser o único. Em Portugal, com uma economia fortemente aberta e dependente do exterior, deveria dar-se ainda uma maior importância ao Turismo.

Melhorar os estudos de mercado e o intercâmbio de práticas idóneas, defender a inclusão prioritária do turismo nas medidas gerais de estimulação da economia, e promover o turismo como a nova “economia verde”, são algumas das propostas da Organização Mundial do Turismo para que o sector possa responder da melhor forma aos tempos difíceis que se vivem.

Entendemos que para melhorar o sector do Turismo dever-se-á promover neste sector a geração de oportunidades e o empreendedorismo, bem como a participação e a realização de um grande debate de participação e dialogo com a sociedade sobre este importante sector da economia nacional, quiçá o mais importante tendo em conta as caracteristicas do nosso país e da economia nacional.

Entendemos que Portugal deve recuperar rapidamente o terreno perdido em matéria de turismo e subir no ranking dos melhores e mais procurados destinos turísticos.

Sendo certo que Portugal tem sido premiado recentemente em matéria de destino turístico, tais prémios ainda não são suficientes para recuperar os lugares perdidos, devendo continuar a investida na forte promoção do destino Portugal e a consequente recuperação das empresas ligadas ao turismo, onde naturalmente se inclui o rent-a-car.

Urge pois:

1- Reforçar o turismo português para a realização de megaeventos;

2- Aumentar a captação de divisas e a entrada de turistas estrangeiros, com o consequente aumento das receitas oriundas do turismo internacional;

3- Incentivar os portugueses a viajar em Portugal, melhorando a qualidade e competitividade do produto turístico destinado a clientes nacionais, criando inclusivamente pacotes específicos para turistas nacionais, com vista a claro aumento das taxas de ocupação;

4- Deverão também os vários operadores do sector trabalhar no sentido de conhecer cada vez melhor o turista, o mercado e o território, bem como estruturar da melhor forma os destinos turísticos;

5- A nível político dever-se-á fomentar e qualificar os serviços turísticos; estimular o desenvolvimento sustentável da actividade turística; fortalecer a gestão descentralizada, atribuindo às associações sectoriais um papel de colaboração e parceria cada vez mais importante, bem como promover a melhoria de um ambiente jurídico favorável ao desenvolvimento da actividade turística, eliminando os custos de contexto que são muitas das vezes responsáveis pela estagnação no exercício das atividades económicas.

A actividade de aluguer de automóveis sem condutor (rent-a-car) é um sector com grande significado para a economia portuguesa e especial para o Turismo, representando em grande parte o produto turístico nacional, pois não podemos esquecer que é o primeiro e o último produto turístico utilizado por quem nos visita.

A actividade de aluguer de automóveis sem condutor em regime de curta duração (rent-a-car) em 2013 registou um significativo crescimento, invertendo a situação registada em 2012, verificando-se um aumento da faturação de 24%% no que respeita ao aluguer de veículos ligeiros de passageiros. Quanto ao aluguer de veículos de mercadorias a variação da faturação foi de 15%.

A ARAC considera que, cada vez mais, o associativismo empresarial é extremamente importante. O isolamento das empresas contribui para a sua falta de informação. Por isso, a ARAC presta-lhes, nesta área, um conjunto importante de serviços que tem vindo, gradualmente e de forma sustentada, a aumentar.

Os desafios que atravessamos transcendem os limites da individualidade das empresas; desafios que se quisermos transpor será preciso pensar de modo mais abrangente, de traçar novos caminhos, de ir além das fronteiras já dominadas.

Os tempos mais próximos não serão fáceis, mas permitirão criar a consciência e noção de urgência para adotar medidas necessárias para o futuro. A história é pródiga em exemplos que confirmam ser nestes momentos que as nações, as empresas e os homens se revelam.

A ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor é a única Associação Nacional de Empregadores representativa de todo o sector, congregando cerca de 95% de todas as empresas.

Joaquim Robalo de Almeida

Secretário-Geral