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Ministério Público investiga transportadoras de mercadorias
JORNAL DE NEGÓCIOS


O Ministério Público abriu uma investigação para averiguar se há fraude fiscal nas transportadoras de mercadorias, dando assim seguimento à queixa apresentada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP). A informação foi confirmada ao Público pela Procuradoria-Geral da República.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), que representa cerca de duas mil empresas, garantiu ao Público não ter "conhecimento objetivo de situações de fraude ou fuga ao fisco ou Segurança Social como as que foram alegadas" e refere que a existir qualquer caso de incumprimento terá "forçosamente uma dimensão muito reduzida e pontual". Serão "sempre a exceção e não a regra, ao contrário do que pretendem inculcar os queixosos", acrescentou a Antram.

As suspeitas de existência de casos de fraude fiscal começaram a ganhar contornos a partir de 7 de agosto quando os motoristas se preparavam para a greve e o então porta-voz do sindicato, Pardal Henriques, disse que havia motoristas pagos "por debaixo da mesa" pelo trabalho suplementar.

Mas tarde, a suspeita foi verbalizada pelo presidente do sindicato, Francisco São Bento, que a alegada fraude fiscal seria de "cerca de 300 milhões de euros anuais".

O Público conta ainda que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) já realizou mais de 600 inspeções a transportadores de mercadoras, não apenas de combustíveis, e avançou com cinco participações-crime.