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Mercedes-Benz será a primeira a ultrapassar a crise mas PSA será mais rentável
Auto Monitor


As previsões de um grupo de analistas ouvidos pela publicação, apontam ainda que o grupo PSA, composto pela Peugeot, Citroen, DS e Opel, será o mais lucrativo, enquanto a Renault deverá ser a mais afetada.

À crise, já antiga no setor automóvel europeu, encurralada pela transformação da mobilidade em direcção a um futuro mais sustentável, acresce agora o choque de procura devido à pandemia do novo coronavírus.

A queda esperada nos ganhos em 2020 do colapso inevitável nas vendas é histórica e as recuperações de 2021 são muito assimétricas.

De acordo com as estimativas de mercado recolhidas pela FactSet, a Mercedes vai alcançar um EBIT quase 10% superior ao de 2019 no próximo ano, enquanto que o restante vai continuar abaixo: Renault cerca de 60%, PSA 34%, Fiat (FCA) 26%, Volkswagen 23% e BMW 18%.

Estas previsões enquadram-se na análise do BofA, que considera que os fabricantes premium (Mercedes e BMW) “terão um desempenho superior que os concorrentes (Renault, FCA e PSA) devido à sua maior exposição internacional, sobretudo na China”.

Segundo a Moody’s, um dos mercados que mais vai sofrer este ano será efectivamente o europeu, com uma queda esperada de 30%, comparável apenas ao Brasil, Rússia e Argentina, enquanto que a queda será limitada a 6% na Coreia do Sul, 10% na China e 15% no Japão.

Este contexto tem suas consequências no mercado de acções, com a Renault a acumular perdas de 50%, FCA e PSA de cerca de 35%, e os alemães entre 20 e 25%.

Estas quedas colocam ainda o grupo Fiat e o grupo Peugeot e Citroen como os mais baratos em comparação com o restante setor, de acordo com estimativas de 2021.