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ISEG antecipa quebra do PIB de 15% a 20% no segundo trimestre
JORNAL DE NEGÓCIOS


O produto interno bruto (PIB) de Portugal deverá registar uma quebra de 15% a 20% entre abril e junho deste ano, antecipa o ISEG no relatório divulgado esta segunda-feira e respeitante à sua mais recente síntese de conjuntura.

O intervalo de cinco pontos percentuais considerado nesta projeção é explicado pelo ISEG com a "incerteza decorrente da natureza parcial dos dados disponíveis e das caraterísticas de novidade associadas a esta crise".
O ISEG refere que a justificação para tal estimativa se deve à "queda profunda da procura interna" que já havia sido sinalizada no anterior relatório, e a um "aprofundar da queda na formação bruta de capital fixo". Já relativamente ao consumo público, a faculdade de economia espera uma "aceleração" no segundo trimestre, sendo que com "impacto limitado face à dimensão das quedas esperadas nas outras componentes da procura interna".

No relatório de abril, o ISEG estimava uma quebra do produto de 4% a 8% no conjunto do ano de 2020. Agora, e apesar de não atualizar essa projeção para todo o presente ano, o ISEG admite que a "queda global da economia será um pouco mais profunda" devido aos "sinais de que a recuperação será inicialmente mais lenta".

Quanto aos indicadores de confiança, o Instituto realça que após "terem atingido mínimos em abril ou maio", subiram, em junho, para "valores menos negativos", tendo essa melhoria sido verificada em todos os setores.

Relativamente ao indicador de confiança dos consumidores, o ISEG aponta a subida verificada em junho para valores menos negativos, tendência já registada em maio depois dos mínimos atingidos em abril.