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Governo alarga lay-off com medo de vaga de despedimentos
JORNAL DE NEGÓCIOS


O chamado “apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade” não vai apenas entrar numa nova fase neste dia 1 de outubro. Vai ser reforçado. Sobretudo para as empresas que tiveram uma quebra de faturação homóloga igual ou superior a 75%, permitindo uma redução de horário até 100% e o financiamento total das horas não trabalhadas. Contudo, a surpresa desta quarta-feira é o alargamento do número de empresas potencialmente abrangidas pela medida com um apoio que, embora menos generoso, abrangerá as que tenham uma quebra de faturação acima de 25%. O Governo flexibiliza assim uma regra repetidamente usada desde o início da pandemia: a este tipo de novos apoios só podiam aceder as empresas com uma quebra de vendas superior a 40%.

Embora tenha referido que o período mais crítico de quebra de atividade económica já ultrapassou, e não tenha respondido à pergunta sobre o número de trabalhadores que passa a ser potencialmente abrangido, o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, disse no final de uma reunião de concertação social, esta quarta-feira, que espera que com um regime mais flexível (e generoso) as empresas não avancem para a temida vaga de despedimentos.

“Esperamos que, neste momento crítico em que vamos entrar no último trimestre e em que as empresas têm de tomar decisões relativamente ao que fazer aos postos de trabalho, este apoio muito mais intenso possa permitir que muitos empresários, reconhecendo a importância em manter os postos de trabalho, consigam preservar esse ativo tão importante”, disse o ministro da Economia, Siza Vieira, justificando o reforço do apoio para quem tem maiores quebras de faturação.