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MEDINA ADMITE EXTINÇÃO DO AEROPORTO HUMBERTO DELGADO
PUBLITURIS


O candidato da coligação PS/Livre à presidência da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, admitiu quinta-feira a extinção do aeroporto Humberto Delgado, solução com a qual o seu principal adversário, Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), não concorda.

No debate com os principais candidatos à presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, transmitido pela SIC, Fernando Medina salientou que a hipótese de construir um aeroporto secundário no Montijo e manter o atual como principal não é viável.

“Quando nós passarmos esta fase da pandemia, vamos ter, espero eu, uma recuperação rápida do turismo e há uma coisa que eu posso garantir: a cidade não tem capacidade aeroportuária para 30 milhões de movimentos como tínhamos antes da pandemia”, sustentou.

Referindo que o Estado está a avaliar três soluções, designadamente construir um aeroporto em Alcochete e acabar com o atual, tornar o aeroporto do Montijo o principal e o de Lisboa secundário ou ter o aeroporto do Montijo como secundário e o de Lisboa principal, Medina só excluiu a última hipótese.

“Porque nós hoje percebemos da forma que nós não esperávamos, que chegámos a um nível de utilização da capacidade na Portela absolutamente incapaz de ser compatível com a qualidade de vida na cidade de Lisboa”, reforçou o ainda presidente da Câmara.

Já o seu principal opositor, Carlos Moedas, defendeu a solução Portela + 1, com o segundo aeroporto a localizar-se em Alcochete ou no Montijo, dependendo do que definirem os técnicos e o estudo ambiental.

Ainda assim, o social-democrata disse preferir a solução de Alcochete por ter “capacidade mais ilimitada”.

“Montijo tem problemas ambientais, estamos à espera obviamente do estudo ambiental para poder decidir, mas a minha ideia, aquilo que eu defendo sempre, é ter Portela como um aeroporto de cidade e depois outro aeroporto que neste caso eu penso que Alcochete seria uma melhor solução”, vincou.

Questionado depois sobre as preocupações ambientais e de ruído, Moedas referiu que o aeroporto de Alcochete até poderá ser o principal, mas alertou que a passagem total para uma nova infraestrutura aeroportuária “vai demorar 10,15 anos”.