Notícias



Lucros do Santander Portugal descem 32% para 172,2 milhões até setembro
Dinheiro Vivo


O produto bancário subiu 6,4% para 1.025,7 milhões de euros.

Em Portugal, o Santander Totta registou um lucro líquido de 172,2 milhões de euros nos nove meses deste ano, o que corresponde a uma descida de 32,3% face a igual período de 2020.

O banco lembra, no comunicado com os resultados, que no primeiro trimestre registou "um encargo extraordinário, no valor de 164,5 milhões de euros [líquido de impostos], para fazer face ao plano de transformação em curso, com a otimização da rede de agências e investimentos em processos e tecnologia".

"Embora se registe uma recuperação de comissões - originadas pelo aumento da transacionalidade dos nossos clientes - assim como uma descida dos custos, a margem financeira manteve a trajetória de queda verificada nos últimos trimestres, condicionada pelo atual nível das taxas de juro de mercado", afirmou Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do banco, citado no comunicado, que foi divulgado esta quarta-feira.

"As receitas recorrentes de natureza comercial continuam afetadas por um contexto adverso, fruto da conjuntura económica incerta decorrente da pandemia e sobretudo da manutenção das taxas de juro negativas", adianta.

A margem financeira estrita desceu 5,6% para 558,6 milhões de euros. O produto bancário subiu 6,4% para 1.025,7 milhões de euros. As comissões líquidas aumentaram 15% para 315,7 milhões de euros.

O total de crédito a clientes cresceu 2,2% para 43,5 mil milhões de euros, " destacando-se o crescimento do crédito à habitação em 5,9%", frisa o banco.

Quanto aos recursos de clientes, "ascenderam a 46,2 mil milhões de euros, um aumento de 6,7% face ao mesmo período do ano anterior, evolução determinada pelo aumento de 4,5% em depósitos e de 18,3% em recursos fora de balanço".

Relativamente ao número de clientes digitais, "aumentou 8,6% em relação ao período homólogo, representando 58% do total de clientes de banco principal". As vendas em canais digitais aumentaram 22 pontos percentuais (p.p.) em termos homólogos, representando 61% do total, em valores acumulados desde o início do ano.

"Apesar do ano desafiante que todos enfrentamos, esta evolução deixa-nos particularmente otimistas em relação ao futuro", disse o CEO do Santander Totta. Destaca que "2022 está à porta" e que "o Banco Santander está preparado para um novo ano - e para um novo ciclo".

O rácio de eficiência do banco fixou-se em 41,1%, menos 3,4 p.p. do que valor alcançado em setembro do ano passado.

"O rácio CET1 (fully implemented) foi de 23,9%, registando um acréscimo de 3,5 p.p. em relação a setembro de 2020", adianta o banco.