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Banca abre cordões à bolsa para contratar especialistas cripto
JORNAL DE NEGÓCIOS


Os maiores bancos do mundo têm reforçado, nos últimos anos, as equipas ao contratar trabalhadores especializados na área das criptomoedas.

O setor da banca em todo o mundo está a correr para contratar especialistas na área das criptomoedas, de forma a dar resposta ao crescimento da procura por parte dos clientes individuais e institucionais.

Desde 2018, um cabaz com os 25 maiores bancos do mundo foi responsável pela contratação de cerca de 1.000 trabalhadores para a área dos ativos digitais, segundo um estudo da Revelio Labs, com base nas contratações que eram anunciadas na rede social LinkedIn.

Primeiro, este conjunto de bancos “torceu o nariz” ao nascimento das criptomoedas; agora, quer ter gente especialista no assunto nos seus quadros. A liderar esta lista de bancos que mais “experts” na matéria contrataram estão os nomes do Goldman Sachs, do Wells Fargo e do Fidelity. Juntos foram responsáveis pela aquisição de 224 trabalhadores na área.

Em 2017, o CEO do norte-americano JP Morgan disse que a bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, era uma “fraude”. Hoje, o mesmo banco conta com 63 profissionais para a analisar.

“Os bancos não podem correr o risco de perder clientes para outro banco que ofereça este tipo de serviço, por isso têm de correr atrás”, diz Alan Johnson, diretor da consultora Johnson Associates, à Bloomberg.

Em Portugal, essa tendência vai-se verificando entre alguns bancos, apesar de o ritmo de contratações para a área ser bem mais lenta face aos 25 maiores do mundo. Apesar de não ter sido uma contratação (dado que o economista já estava no banco), o BCP, por exemplo, passou, no ano passado, a contar com José Maria Brandão de Brito, no cargo de diretor dos segmentos de sustentabilidade e criptoativos do banco.

E esta tendência de crescimento na procura de emprego dentro desta área move-se em linha com a variação do preço da bitcoin, uma vez que são os valores sonantes da moeda digital que têm atraído mais clientes. Recentemente, no final de outubro, o peço da bitcoin voltou a renovar máximos muito perto dos 70.000 dólares depois de um ciclo de quedas provocadas pela “mão pesada” da China.

66.450
COTAÇÃO
Atualmente, cada bitcoin negoceia nos 66.449,68 dólares por unidade, perto dos máximos históricos tocados em outubro.

3
BILIÕES DE DÓLARES
O mercado cripto atingiu ontem a marca dos 3 biliões de dólares, mais do que os 12 maiores bancos do mundo.