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Registo de veículos comerciais na UE caiu 8,4% em dezembro
JORNAL DE NEGÓCIOS


O registo de veículos comerciais na União Europeia (UE) caiu 8,4% em dezembro de 2021, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA). Dezembro foi o sexto mês consecutivo de perdas na UE, com Espanha a ter o maior tombo no registo de veículos comerciais (-31,9%).

A ACEA indica que o registo de veículos comerciais novos caiu 8,4% para155.963 unidades, devido sobretudo à queda acentuada nas vendas de carrinhas comerciais (-12,8%). Aescassez de microchips, que atingiu a produção desta categoria de veículos, é a principal razão apontada para este recuo do registo de veículos na UE.
A maior parte dos mercados da UE registou quedas no registo de veículos comerciais, incluindo os quatro países onde a indústria automóvel tem mais peso:Espanha (-31,9%), Alemanha (-6%), França (-9%) e Itália (-5,6%). Já em Portugal, o registo desse tipo de veículos caiu de 4.038 para 3.725 (-7,8%).
Os únicos mercados de automóveis comerciais da UE que aumentaram no mês passado foram os da Bulgária (+11,2%), Croácia (+28,1%), República Checa (+19,5%), Estónia (+49,8%), Grécia (+23,8%), Irlanda (+11,2%), Lituânia (+53,6%), Países Baixos (+11,6%), Polónia (+8,7%) e Eslováquia (+86,8%).

Registos aumentam 9,6% no acumulado do ano
No entanto, no conjunto de 2021, os registos de veículos comerciais na UE aumentaram 9,6%, tendo-se atingido as 1.880.682 unidades.No entanto, este resultado anual permanece muito abaixo dos 2,1 milhões de unidades registadas em 2019, o ano anterior à pandemia da covid-19.

Com exceção da Espanha (-2,8%), todos os principais mercados da UE cresceram em 2021. A Itália teve o maior ganho percentual (+15,5%), seguida pela França (+7,8%), enquanto na Alemanha o crescimento foi mais modesto no registo de veículos comerciais: 0,6%.
Analisando os volumes de 2021, quase 1,6 milhão de veículos comerciais leves foram registados em toda a UE, o que representa um aumento anual de 8,5%, apesar dos resultados negativos nos últimos seis meses do ano. Os novos registos de camiões pesados ??aumentaram também 21,2%.