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Beja reafirma que aeroporto é “uma excelente e útil alternativa” a Lisboa e Faro
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A Assembleia Municipal de Beja aprovou terça-feira, 21 de junho, uma moção em que defende que o aeroporto da cidade é “uma excelente e útil alternativa” aos aeroportos de Lisboa e Faro, “em caso de necessidade e de sobrelotação”, avança a Lusa.

De acordo com uma nota enviada à Lusa, a moção, que foi aprovada por unanimidade pelos eleitos das várias forças políticas, na mais recente reunião da Assembleia Municipal (AM) de Beja, lembra que “o Aeroporto de Beja encontra-se certificado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil e é um dos quatro aeroportos portugueses que podem receber voos internacionais”, tanto de passageiros como de carga.

Por isso, defende a AM de Beja, “é urgente” rentabilizar esta infraestrutura aeroportuária, através do empreendimento do Alqueva, do Porto de Sines, do turismo, das fábricas de componentes aeronáuticos que a Embraer possuía em Évora e que, agora, são da espanhola Aernnova.

“Com vontade política de aposta nesta infraestrutura aeroportuária, seria até possível criar aqui uma Zona Franca com características fiscais especiais, onde se praticassem taxas alfandegárias reduzidas”, lê-se na nota enviada à Lusa.

Apesar de admitir que o aeroporto de Beja “dificilmente conseguirá ser um aeroporto complementar ao de Lisboa”, a AM de Beja considera que esta infraestrutura“pode ser, em caso de necessidade e de sobrelotação dos aeroportos de Lisboa e de Faro, uma excelente e útil alternativa”.

“A ação política local, nomeadamente através da Câmara Municipal de Beja, deve lutar e contribuir para a utilização regular do aeroporto”, sustenta a moção, onde se considera ainda que, devido ao potencial económico, o Alentejo “precisa do aeroporto como polo de desenvolvimento e valorização da região, pois, este possui espaço suficiente para uma plataforma logística de carga aérea, tendo um elevado potencial como zona industrial”.

A AM de Beja reclama também um maior investimento público, de forma a melhorar as acessibilidades, modernizar a ferrovia e a rodovia, assim como outros equipamentos e infraestruturas, de forma a fixar população e combater o isolamento.

“É importante que se aproveitem, desde já, os fundos estruturais estratégicos que Portugal vai receber”, acrescenta a nota da AM de Beja.

O documento vai agora ser enviado ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas.