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"Por um lado, penso que estamos a atravessar uma fase de transição que foi muito dispendiosa e, por outro lado, observamos uma mudança em termos de mercado. Quando olhamos para o que aconteceu na eletrificação nos últimos dois ou três anos, as diferenças verificadas são enormes. Se pegar no caso da Renault, nos dois últimos anos passámos de um nível de eletrificação abaixo dos 10% [nas vendas] para mais de 40% agora", refere Cambolive, que admite que os incentivos aos veículos elétricos na Europa desempenharam um papel importante nessa tomada de posição dos elétricos, mas que "ano após ano, temos de ser cada vez mais independentes de subsídios".
Em termos tecnológicos, a marca francesa tem vindo a apostar fortemente em duas vertentes: a dos híbridos ainda com motor de combustão e a da tecnologia 100% elétrica, naquele que foi um "enorme investimento" tendo em conta a diferente velocidade de cada mercado na aceitação dos elétricos.
"Penso que até 2035 a situação é clara: temos de ir para a eletrificação. O que é muito importante para nós é termos esta escolha dupla até lá: de um lado, os elétricos em plataformas dedicadas e, do outro, aumentarmos o "mix" de híbridos em todos os nossos modelos fundamentais, o que é para mim a fase de transição perfeita para cada mercado dependendo da sua maturidade em relação à adoção dos elétricos. Para mim, os híbridos vão manter-se, daqui até 2035, como um dos eixos estratégicos para ter a eletrificação de um lado e o motor de combustão com consumos extremamente baixos do outro", assume.
Adicionalmente, advoga que o hidrogénio pode também ser uma ótima solução para a mobilidade do futuro, mas sobretudo direcionada para a área dos transportes de mercadorias, na qual a Renault tem uma divisão de negócio chamada HYVIA para o desenvolvimento de comerciais com pilha de combustível a hidrogénio.
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