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#32anos: “Portugal deve manter-se no pódio dos melhores destinos do mundo”
AMBITUR


No ano em que a Ambitur comemora o seu 32º aniversário, e quando as empresas do setor do turismo conseguiram finalmente “respirar” depois das ondas negras que a pandemia trouxe a nível global, quisemos ouvir os Conselheiros Ambitur, assim como a secretária de Estado do Turismo e o presidente do Turismo de Portugal, sobre o que nos pode esperar nos próximos tempos. Que desafios se levantam na próxima década e que resultados deve o turismo ambicionar, quais os grandes objetivos e estratégias a ter em mente e que temas estruturais importa resolver? Foi a estas questões que procuraram responder. O horizonte não se assemelha tão risonho como as empresas turísticas ou os organismos que tutelam o setor gostariam e muitos são os fatores que provocam incerteza e dúvidas sobre o futuro. Como perspetivam então este novo turismo que temos pela frente? Hoje deixamos-lhe a perspetiva de Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHPe Conselheira Ambitur.

Os desafios que levam ao desenvolvimento turístico na próxima década?

Desafios para as empresas: compromisso com o desenvolvimento sustentável em todas as suas vertentes e com todos os seus stakeholders: comunidade; trabalhadores; fornecedores; clientes; acionistas e financiadores. Equilíbrio entre digitalização e humanização na prestação de serviço. Antecipar tendências de consumo.

Desafios para os poderes públicos (Estados; Regiões, autarquias), comprometidos com as metas de redução das emissões de CO2 e com a manutenção do crescimento sustentável do Turismo; com o correcto balanço entre as comunidades visitadas e os visitantes, temporários ou mais ou menos permanentes; com a gestão de recursos naturais finitos, como a água, com alterações climáticas com crescente impacto e com cadeias de distribuição de bens e serviços globalizadas sujeitas a vários “acidentes”.

Para todos: desafios demográficos e climáticos.

Um dos grandes objetivos do Turismo português deve ser manter-se no pódio dos melhores destinos do mundo para viajar mas também para viver, estudar, investigar e investir. Ser tudo isso e manter-se como porta-estandarte da sustentabilidade.

A 10 anos, e uma vez que o PNT tem calculados os objetivos até 2027, há pois que atingir esses objetivos.

Em mente, o Turismo deve ter vetores como a Adaptabilidade; Diversificação; visão holística da sociedade e dos seus atores. Sair da “bolha” do Turismo e pensar no desenvolvimento integrado do país. Apostar nos pontos fortes do país e seus recursos naturais e construídos, mas também nas tecnologias, energias renováveis, no mar, na investigação e captação de pessoas.

Os temas estruturais a nível nacional que importa resolver, para lá da questão das acessibilidades (aeroporto e não só, obviamente), os que nos podem fazer mais autónomos e autossuficientes em termos de recursos fundamentais como a energia e a água, e alimentação.