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Brisa: autoestrada para a descarbonização
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A rede de pontos de carregamento de viaturas elétricas está em franca expansão na sede do grupo Brisa, junto às portagens de Carcavelos. O que tem sido muito importante para assegurar uma transição mais tranquila para uma nova realidade. Por isso, a frota elétrica cresce a bom ritmo, apesar das dificuldades que ainda existem para encontrar soluções viáveis para as viaturas operacionais

O grupo Brisa é composto por um conjunto vasto de empresas que garantem a mobilidade de milhões de pessoas. E não apenas na condição de automobilistas.

De facto, a concessão de várias autoestradas em Portugal não está circunscrita apenas ao serviço de portagens. Envolve também serviços de suporte que garantem o controlo seguro do tráfego automóvel e o descanso dos automobilistas em viagem, nomeadamente operações de monitorização e manutenção das infraestruturas rodoviárias, bem como a gestão, em parceria, de áreas de serviço.

Além de uma presença internacional com a “A-to-Be“, o grupo Brisa integra também duas siglas bem conhecidas dos portugueses: a Via Verde, que abrange a cobrança automática de passagens mas engloba também outros serviços, como o estacionamento e cada vez mais soluções integradas de mobilidade, e aControlauto, com mais de meia centena de centros de inspeção automóvel espalhados de norte a sul de Portugal.

Naturalmente, valências e exigências de serviço bastante diversas acrescentam complexidade à gestão da frota, grande parte da qual, pela especificidade do seu trabalho de assistência, tem de demonstrar prontidão operacional 24 sobre 24 horas, ao longo de todo o ano.

Complexidade acrescida com o compromisso do grupo com a descarbonização, que o próprio Luís Prazeres teve oportunidade de explicar no decorrer da presença da empresa na7.ª Conferência Gestão de Frotas, numa apresentação dedicada aos desafios que então se colocavam à melhoria da eficiência energética de uma frota automóvel.

Compete a uma equipa de gestão/decisão centralizada na área de Gestão de Frota instalada na sede do grupo em S. Domingos de Rana, a tomada de orientações para os restantes centros operacionais, cuja seleção acontece após uma análise prévia do mercado e posterior consulta de valores de renda, valorizando também aspetos importantes como os consumos, a disponibilidade na oferta e o historial de fiabilidade de cada modelo.

Tendo presente que um número vasto de viaturas vão trabalhar em “circuito fechado”, com rotas circunscritas aos troços de vias concessionados pelo grupo.

TCO define atribuição das restantes viaturas

As viaturas administrativas dividem-se por três patamares regidos por valores de TCO.

Dentro de cada um destes parâmetros existe alguma liberdade de escolha de entre vários modelos propostos aos utilizadores, sendo que a circunstância de serem financiados em renting confere aos utilizadores algum “poder” de gestão da viatura dentro do que se encontra contratado, devendo o que estiver além disso ser ou não autorizado pelo departamento de Gestão de Frota.

Uma pool de viaturas destinada a deslocações de serviço internas faz também parte do compromisso de uma mobilidade de grupo mais eficiente e sustentável, com uma solução de reserva online e serviço de entrega realizado pela portaria da sede da Brisa.

As atuais dificuldades do mercado automóvel não têm passado ao lado e Luís Prazeres não hesita em destacar os prazos de entrega de viaturas como um dos maiores desafios que enfrenta, uma vez que as alterações que semanalmente vão acontecendo obrigam variadas vezes a alterar a estratégia de compras.

Nomeadamente na tipologia de modelos mais exigente para as operações dogrupo, a dos comerciais ligeiros.

“Foi necessário fazer prolongamento de contratos, estruturar uma rotação de viaturas e avançar para uma alteração das marcas e modelos com que as equipas trabalhavam”.

Contingências que o gestor de frota reconhece eventualmente poderem vir a obrigar a rever a política de frota, de forma a ajustá-la a uma nova realidade.

Luís Prazeres é diretor de frota do grupo Brisa desde setembro de 2001, mas imediatamente antes e durante dois anos, desempenhou funções idênticas no Deutsche Bank em Portugal. Esteve igualmente envolvido no desenvolvimento e criação de uma Gestora de Frota DFS. Por isso, há duas décadas e meia que está envolvido na gestão de viaturas e mobilidade de empresas, com a circunstância da responsabilidade atual decorrer num grupo comprometido com a mobilidade das pessoas e, sobretudo, com a Mobilidade Elétrica.

B.I. da frota

  • Número de viaturas: 850 viaturas, distribuídas de norte a sul e localizadas na Sede e nos Centros Operacionais;
  • Por tipologia: ligeiros de passageiros (517), ligeiros de mercadorias (272), pesados (35), motas (19);
  • Eletrificados: ligeiros de passageiros 100% elétricos (54), ligeiros de passageiros híbridos plug-in (114), comerciais ligeiros elétricos (8);
  • Idade média da frota por classe de veículo: ligeiros de passageiros (3 anos), comerciais ligeiros (2 anos);
  • Financiamento: renting e aquisição direta;
  • Razão para haver mais do que um modelo de financiamento: tipologia de viatura e necessidades de operação não se enquadram nem são vantajosos no renting;
  • Gestora(s) mais presentes nas aquisições em renting: LeasePlan, ALD Automotive e Arval;
  • Processo de contratação renting: seguros, gestão centralizada numa só companhia. Gestão de combustíveis, por termos quatro gasolineiras por vezes por veículo. Via Verde, por razões óbvias, são geridas internamente;
  • Gestão de combustível: Cartão Frota (quatro gasolineiras);
  • Itens específicos e/ou obrigatórios em matéria de equipamento: as carrinhas de Assistência Rodoviária estão equipadas com interiores oficina, com uma configuração específica para operação em autoestrada, assim como toda a sinalização de emergência no seu exterior;
  • Sistemas de georreferenciação e/ou de controlo/gestão da frota instalados nas viaturas: algumas frotas do grupo possuem sistemas de geolocalização para controlo de disponibilidade e proximidade de ocorrências;
  • Política de frota: a política interna de viaturas limita e define os deveres e obrigações dos seus utilizadores para garantir a sua correta utilização;
  • Decoração/identificação das viaturas: a frota operacional de intervenção nas autoestradas com decoração específica de alta visibilidade, para garantir que são vistos a grandes distâncias, como importante medida de segurança.