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AHETA alerta para estrangulamentos da mobilidade no Algarve, “que se agravam em época alta”
tnews


O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) estima que a região supere, em 2023, os valores de 2019 e 2022, apesar “de alguma incerteza relativamente ao efeito da inflação e taxas de juros no rendimento das famílias e, consequentemente, no gasto em viagens e turismo”. Helder Martins alerta ainda para as dificuldades ao nível do recrutamento, que se mantêm, e para os estrangulamentos ao nível da mobilidade.

“Neste momento, o setor depara-se com alguma dificuldade em recrutar mão de obra o que se revela um grande desafio no que toca a manter a qualidade do serviço prestado”, afirma em declarações ao TNews. Por sua vez, o responsável identifica outro desafio: “Os estrangulamentos ao nível da mobilidade na região, que se agravam na época alta do turismo. Também é de referir a importância de gerir a distribuição de água uma vez que registamos uma tendência de aumento do consumo, diminuição da pluviosidade, e aumento, em duração e intensidade, dos períodos de seca na região”.

Helder Martins é um dos oradores daConferência de Turismo do Ireland Portugal Business Network (IPBN), que vai ter lugar no Algarve, no Quinta do Lago Clubhouse, no dia 24 de maio, das 9:00 às 13:00. O evento* pretende analisar “os progressos realizados na região do Algarve desde o fim da pandemia”.

Segundo os dados da AHETA, em 2022, o mercado irlandês foi o 4º maior em número de dormidas nas unidades de alojamento turístico do Algarve,com cerca de 1.4 milhões de dormidas, representando 7,5% do total.Estes números revelam que este mercado já recuperou os níveis antes da pandemia, uma vez que, em 2019, este mercado teve cerca de 1.3 milhões dormidas, 6,6% do total.

Esta subida do mercado irlandês acompanha as mudanças observadas nos canais de reserva. “Com a pandemia notou-se um acentuar da tendência que já se verificava na redução do peso das reservas realizadas através de operadores turísticos tradicionais e oaumento das reservas online e dos “independent travelers”.Sofremos descidas nos principais mercados (Alemanha e Reino Unido) compensadas em parte pelas subidas do mercado nacional, norte americano (EUA) e irlandês”, conclui Helder Martins.

*O TNEWS é media partner desta conferência e as inscrições podem ser feitas nosite do IPBN. O evento é gratuito e é aberto a membros e não-membros.