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82% dos passageiros aéreos considera não ser informado dos seus direitos por parte das companhias aéreas
tnews


82% dos passageiros aéreos afirmam não receber informação suficiente sobre os seus direitos por parte das companhias aéreas, revela um estudo da AirHelp. De acordo com o Regulamento CE 261/2004, que regula os voos com partida ou chegada na União Europeia, as companhias aéreas são legalmente obrigadas a informar os passageiros sobre os seus direitos e a compensá-los com indemnizações que podem chegar a 600€ por viagem e por pessoa, sempre que ocorram atrasos superiores a três horas causados pela companhia aérea.

No entanto, os resultados deste estudo demonstram uma disparidade entre a obrigação legal e a realidade percecionada pelos passageiros. 82% dos inquiridos relataram falta de informação adequada por parte das companhias aéreas, levando-os a avaliar o tratamento recebido com uma média de apenas 3.13 em 10. Por outro lado, a pesquisa revelou que a satisfação dos passageiros poderia aumentar substancialmente, até 60%, se as companhias aéreas fossem proativas na comunicação durante situações problemáticas relacionadas com os horários dos voos.

Uma interrupção significativa no voo representa um custo médio de mais de 360€ para os passageiros. Embora 73% dos participantes no estudo indiquem que as longas esperas são o seu maior problema, os custos associados a perturbações significativas nos voos também são uma preocupação relevante. Em média, esses custos ultrapassam os 360€, sendo que 72% dos passageiros consideram essas despesas como não planeadas, incluindo alimentação, bebida, transporte alternativo ou alojamento. No entanto, 46% dos passageiros afirmam nunca ter sido reembolsados pelas companhias aéreas.

Apesar de alguns passageiros aéreos referirem ter recebido serviços básicos, como alimentação e bebida, por parte das companhias aéreas durante atrasos nos voos, cerca de metade deles afirma que esses serviços só foram prestados após solicitação.

Por outro lado, quando se trata de voos cancelados, embora muitos passageiros ainda não recebam todos os seus direitos, os dados revelam que as companhias aéreas têm um desempenho ligeiramente melhor nesse cenário.

Em última análise, o estudo realizado pela AirHelp destaca que uma indemnização justa e a disponibilização de informação adequada e proativa por parte das companhias aéreas são os aspetos mais valorizados pelos passageiros aéreos e que podem fazer a diferença nas suas experiências de viagem.