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Sector automóvel acredita que T-Roc vai impulsionar vendas em Portugal
Jornal de Negócios


A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) aplaudiu o pré-acordo laboral alcançado na Autoeuropa, precisamente na semanaem que o T-Roc chega aos stands portugueses.

"Não temos detalhes, mas é muito positivo porque está em causa uma fábrica com uma importância estratégica na economia nacional. É muito bom que se tenha conseguido esse acordo. São muito boas notícias", disse o secretário-geral da ACAP ao Negóciosesta terça-feira, 21 de Novembro.

Hélder Barata Pedro também acredita que o novo modelo da Autoeuropa vai ajudar ao crescimento das vendas do sector automóvel em Portugal.

"Quando há um investimento num país, é importante sempre também que haja vendas no próprio país onde é feita a produção, achamos que isso será importante também para o próprio mercado nacional", afirmou o responsável à margem da conferência "Mobilidade no século XXI" que teve lugar em Lisboa.

A Autoeuropa anunciou esta terça-feira que está a produzir mais de 800 veículos por dia, um novo máximo histórico na fábrica da Volkswagen de Palmela.

O responsável da ACAP - associação que reúne todo o sector automóvel, incluindo produtores, importadores e comercializadores - destacou que o T-Roc é a prova que Portugal é, de facto, um país produtor de automóveis.

"Em Portugal existe uma indústria automóvel, não é só importar carros. O T-Roc vai ser um grande passo para a indústria nacional e demonstra também o peso do sector na balança das exportações para todos os continentes. Isso é um marco muito importante", declarou Hélder Barata Pedro.

O salão automóvel de Lisboa arrancou esta terça-feira na FIL e termina no domingo, 26 de Novembro. Pela primeira vez, o Mobinov - Associação do Cluster Automóvel, que reúne as empresas que produzem em Portugal automóveis e componentes, vai estar presente neste certame automóvel com a exposição dos modelos "made in Portugal".

Analisando a proposta do Orçamento do Estado para 2018, a ACAP considera que o sector automóvel voltou a ser penalizado a nível fiscal.

"O Orçamento de Estado não trouxe novidades de maior, é o habitual aumento das taxas do imposto [Imposto Sobre Veículos (ISV)] que já é um imposto muito elevado, um aumento com base na inflação prevista, como outros governos têm feito", destacou Hélder Barata Pedro.

"Infelizmente, o Governo não acolheu outras propostas como a revisão das tributações autónomas e a dedução do IVA na gasolina como a ACAP tinha proposto", rematou.