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MCoutinho factura 200 milhões e compra BMW de Viseu
Jornal de Negocios


Fundada em 1956 no Marco de Canaveses, onde mantém a sua sede, a MCoutinho é conduzida pela segunda geração da família, que há pouco mais de dois anos decidiu colocar 50% da empresa, através de um aumento do capital social, nas mãos do empresário Jaime Freitas, dono de um dos principais grupos privados angolanos. Uma parceria que continua "perfeitamente tranquila", garantiu, ao Negócios, o presidente da MCoutinho.

A capitalizar o regresso da euforia ao mercado automóvel nacional, o grupo de retalho automóvel liderado por António Coutinho apresenta níveis de crescimento da actividade assinaláveis, quer por via orgânica quer por aquisições. Após ter fechado o último exercício com uma facturação de cerca de 199,6 milhões de euros, mais 24 milhões do que no ano anterior, prevê encerrar o ano em curso com vendas da ordem dos 220 milhões de euros.

"Este ano vamos atingir o objectivo que, de acordo com o nosso último plano de negócios a cinco anos, deveria acontecer em 2020", garantiu António Coutinho, adiantando que o grupo prevê vender este ano perto de 11 mil carros novos e usados, contra pouco mais de 10 mil no ano passado. Em termos de resultados financeiros, o empresário avançou um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) para este ano de 7,6 milhões de euros, o que, a concretizar-se, traduzir-se-á num aumento de quase um milhão em relação ao obtido no ano anterior.

Entretanto, a MCoutinho, que opera sobretudo nas zonas Norte e Centro, acaba de investir cinco milhões de euros em novas concessões e geografias. Em Viseu, onde não estava presente, adquiriu a operação Caetano Baviera, num investimento de dois milhões de euros, ficando com a concessão local da BMW e da Toyota.

No caso desta última marca, trata-se de um regresso à MCoutinho "49 anos depois", assinalou António Coutinho. Em relação à BMW, o grupo junta a concessão em Viseu às detidas em Vila Real e Bragança. "O nosso objectivo é duplicar as vendas da marca para 800 automóveis anuais", revelou o empresário.

No Porto, a MCoutinho, que emprega 785 pessoas, inaugura esta quinta-feira o investimento de três milhões de euros nas novas instalações construídas junto à Estrada da Circunvalação para a Peugeot, que representa 25% das vendas do grupo, e a "nova" Citroën. A MCoutinho representa 18 marcas e conta no país com 46 pontos de venda de viaturas novas, 25 oficinas, oito de viaturas usadas, oito centros de colisão e dois centros logísticos de peças, nos distritos do Porto, Bragança, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Viseu e Lisboa.