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Vendas de carros usados aceleram em Portugal. País lidera na Europa
Jornal de Negocios


O mercado automóvel de usados em Portugal continua a dar sinais de uma forte recuperação e registou uma subida homóloga nas vendas de 39% em agosto, o maior crescimento entre os países da União Europeia (UE), segundo os dados doObservatório da Indicata, do grupo Autorola.

Desde o início do desconfinamento, a 4 de maio, que o mercado de usados em Portugal tem liderado face aos pares europeus. E apenas em julho foi superado por Espanha e Itália.

Mas agora, após nova aceleração nas vendas - passando de uma subida homóloga de 25,2% em julho para 39% no mês passado - Portugal volta a liderar a retoma do setor na UE.

Entre os países da UE analisados no documento da Indicata, apenas Itália (33,1%) e Espanha (28,7%) apresentam crescimentos acima de 20% em termos homólogos. Estes dois países, aliás, tinham sido os que superaram Portugal em julho, com subidas de 25,6% e 30,7%, respetivamente.

O forte crescimento nas vendas de usados contrasta com a quebra registada nas vendas de automóveis ligeiros, de passageiros e de mercadorias, em agosto, que cifrou-se em 8,6%.

O Observatório da Indicata mostra ainda que, tal como já havia sucedido em julho, os segmentos em que a procura mais aumentou são os de luxo (com um crescimento homólogo de 66,28%), desportivos (61,36%) e os SUV (61,23%). Mas também o segmento mini apresenta uma forte subida de 59,77%.

Outra tendência que se mantém face a julho é a preferência por veículos com menor idade. As vendas de carros com até três anos de idade aumentaram 58,5% e as de automóveis com 3 a 6 anos subiram 33,1%.

Esta preferência por veículos mais recentes também poderá estar relacionada com a redução dos stocks de carros mais velhos, tipicamente entregues em operações de retoma na compra de um veículo novo. Com as vendas de automóveis novos em crise, a entrada de veículos no mercado de usados ressente-se.

O documento assinala ainda que desde junho que os preços se encontram estabilizados, antecipando, no entanto, uma aceleração dos preços em setembro devido às crescentes restrições dos stocks e a forte procura.