Associação Nacional dos Locadores de Veículos
CIRCULAR INFORMATIVA
Nº 045
IV CONVENÇÃO NACIONAL DA ARAC 2023 - MOBILIDADE/SUSTENTABILIDADE/DIGITALIZAÇÃO - NOVOS DESAFIOS

Exmos. Senhores Associados e Membros Aliados,

No dia 31 de março de 2023, entre as 09,30h e as 18,30h, realiza-se a IV Convenção Nacional da ARAC 2023, no Montebelo Mosteiro de Alcobaça – Historic Hotel, em Alcobaça, subordinada ao tema “Mobilidade/Sustentabilidade/Digitalização – Novos Desafios”.

Consciente do papel fundamental que o setor que representa tem no futuro da Mobilidade e o Turismo, a ARAC organiza assim mais uma edição da sua Convenção Nacional que contará com representantes das empresas associadas e membros aliados da ARAC, fabricantes e outros parceiros do setor automóvel, representantes da indústria do turismo, entidades financiadoras e demais parceiros que de forma decisiva contribuem para o funcionamento deste setor, não esquecendo as várias entidades públicas que no dia-a-dia trabalham em estreita colaboração com a ARAC e as empresas suas associadas.

De forma a atingir os objetivos a que se propõe, a Convenção Nacional da ARAC 2023 abordará os seguintes temas, constantes de 6 painéis:

I Painel – Que Turismo amanhã? Quantos milhões de turistas em 2027? O low cost - um modelo de negócio incontornável?

2019 foi até á data em que escrevemos este documento o melhor ano de sempre do turismo português, ano em que foi atingida a meta de 27 milhões de turistas entrados no nosso país.

Frequentemente o Presidente do Turismo de Portugal tem referido o potencial e o crescimento efetivo que o turismo nacional tem registado nos últimos anos apenas interrompido pela pandemia que abalou o mundo em 2020 e 2021.

Em 2022 num mundo a sair de uma das maiores catástrofes dos últimos anos, em fevereiro passado tem início o maior conflito bélico da europa dos últimos anos com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a qual afeta todos os países, mas com especial destaque para os países mais próximos da zona do conflito. Será que os objetivos traçados anteriormente ao conflito continuam a estar ao nosso alcance?

2022 será para Portugal um ano em que o turismo atingirá valores superiores a 2022. E em 2023 perante um quadro inflacionista e de recessão registar-se-ão valores e procura semelhantes a 2022?

Num tempo em que o low-cost parece estar menos atrativo (os preços praticados pelas empresas low-cost parecem ter vindo a perder terreno) serão as empresas low-cost ainda realmente lucrativas?

Este conceito nascido nas companhias aéreas durante a década de 90 rapidamente se estendeu a outros setores da atividade económica.

O low-cost passou nos últimos anos a estar na mente de todos os consumidores independentemente do seu poder económico.

E produtos de luxo?

Continua a haver lugar para produtos de luxo?

II Painel – Regulação/Quadro Legal/Desafios da Regulação num Setor em evolução

Em Portugal, as atividades de rent-a-car e sharing encontram-se regulamentadas em diploma legal específico para o efeito, ao contrário dos outros países da Europa, onde estas atividades não dispõem de um diploma legal único, encontrando-se a regulamentação dispersa em vários diplomas legais.

Pensamos que a situação portuguesa ao reunir as principais normas reguladoras num único diploma constitui uma técnica legislativa de maior clareza e organização, importando referir que Portugal possui atualmente um dos quadros legislativos mais avançados da Europa no que respeita á técnica legislativa utilizada.

E as matérias regulamentadas nesse diploma estão em linha com a Europa?

III Painel – Transição Digital e Sustentabilidade no Ecossistema da Mobilidade - Indispensabilidade

Em janeiro de 2019, a União Europeia lançou um ultimato a vários países, com prazo para mostrarem quais as medidas que vão adotar para cumprir a legislação que respeita á redução das emissões de gases nocivos para a atmosfera.

A mobilidade e o respeito pelo Ambiente são hoje premissas que não podemos, nem devemos ignorar, num planeta que corre sérios riscos de gravíssimos problemas ambientais, nomeadamente devido ao aquecimento global, pelo que principalmente nas cidades, onde os níveis de poluição devido á emissão de gases nocivos com efeito de estufa lançados a cada segundo para a atmosfera são cada vez mais comprometedores da vida das pessoas que nelas habitam e do planeta em que todos vivemos.

O rent-a-car e a partilha de veículos é essencial para que as pessoas se desloquem diminuído o número de veículos em circulação e as emissões por estes produzidas.

Este painel seguramente nos fará meditar sobre os comportamentos a adotar.

O rent-a-car como a trave-mestra dos contratos de locação automóvel, do qual derivaram contratos de muito curta duração – carsharing –, média duração – minilease – e longa duração – ALD, Long term rental e renting.

O rent-a-car, atividade que evoluiu para prestação de vários serviços de Mobilidade, há muito que tomou consciência da importância da digitalização e automatização de processos, procurando trabalhar com ferramentas que lhe permitam aumentar a dinâmica das suas atividades na Economia e ao mesmo tempo proporcionar ao cliente uma qualidade de atendimento e de serviço prestado sempre em crescendo.

Atualmente e fazendo uso das novas ferramentas disponibilizadas por empresas de avançada tecnologia digital, a maior parte das vezes desenvolvendo soluções com a consultoria e participação das empresas potencialmente clientes, as quais fornecem o know-how utilizado na criação e desenvolvimento das novas soluções digitais.

Ao nível da comercialização e contratualização dos produtos e serviços disponibilizados pelas empresas associadas da ARAC, deparamo-nos com a globalização e avanços tecnológicos sem precedentes, os quais vêm de uma forma avassaladora alterar processos, agilizando a comunicação e as negociações, sendo hoje comum em muitos processos contratuais de várias atividades económicas a aceitação por adesão através de um clique a contratos via tablet, smartphone ou computadores, pois a internet veio eliminar ou atenuar a distância física entre as partes contratantes (neste caso entre empresa alugadora e cliente), sendo as transações comerciais à distância mais rápidas e mais simples.

O comércio eletrónico nascido há cerca de duas décadas nos Estados Unidos da América é hoje uma realidade a nível mundial, o qual se encontra já enraizado na cultura moderna.

A atividade de aluguer de veículos sem condutor, á semelhança do que aconteceu no inicio do século XX com a disponibilização de automóveis a todos aqueles que pretendiam circular com aquelas máquinas modernas que corriam mais que os cavalos, será certamente no século XXI não só o porta estandarte dos veículos eletrificados, como também da automatização de processos de celebração de contratos de aluguer por meios digitais, os quais permitirão o levantamento e entrega de veículos sem intervenção humana por parte da alugadora com rapidez e eficiência, embora o cliente possa sempre que assim o entender solicitar a intervenção de colaborares da empresa.

Os contratos eletrónicos são contratos como quaisquer outros, residindo a principal diferença no meio utilizado para celebrar e concluir o contrato, não sendo um tipo contratual diferente dos já existentes, mas sim uma modalidade de contratação que contem algumas especificidades, sendo a maior destas, a celebração dos contratos sem a presença física do alugador e do cliente.

Este tipo de contrato já é utilizado em muitas atividades, nomeadamente na celebração de contratos de seguro, operações bancárias, serviços de telecomunicações, contratação de serviços essenciais como água e eletricidade, reservas de avião, de hotéis, etc. para além das vendas online, as quais operaram em muitos casos a migração do comercio tradicional e presencial para o e-commerce com as inegáveis vantagens que o mesmo apresenta.

Atualmente as empresas de aluguer já dispõem de motores de reservas que permitem aos clientes contratarem diretamente, aumentado assim o nível de confiança, além de permitir que estes procedam a alterações, pagamentos online, anexarem os documentos necessários á celebração do contrato, reduzindo deste modo o tempo despendido para o aluguer da viatura e ao mesmo tempo agilizando as entregas de veículos, com maior comodidade, com destaque para o turismo internacional.

Este processo contribui também de forma decisiva para a sustentabilidade ambiental, ao eliminar a impressão dos contratos, os quais ficam de imediato disponíveis no tablet, smartphone ou computador do cliente.

Ao nível da locação de veículos sem condutor, há muito que o setor se propôs contribuir para a redução das emissões de carbono, com o objetivo final de atingir as zero emissões.

Para o efeito as empresas de aluguer de veículos sem condutor têm vindo a substituir a frota de veículos ligeiros de passageiros e ligeiros de mercadorias a combustão por veículos elétricos ou híbridos, com o abandono da aquisição (sempre que tal é possível) de veículos a combustão.

Temos a convicção de que o rent-a-car será neste século o porta-estandarte da descarbonização da mobilidade automóvel e da racionalização do número de veículos em circulação, nomeadamente através da alteração do paradigma da propriedade pelo da utilização e á semelhança do que aconteceu no início do século passado com a substituição dos veículos de tração animal pelos veículos motorizados, o rent-a-car será mais uma vez o motor da transformação da mobilidade.

Nas atividades representadas pela ARAC, há já alguns anos (desde o aparecimento dos primeiros veículos elétricos) que as empresas locadoras começaram a colocar nas suas frotas á disposição do publico veículos elétricos e híbridos.

Toda esta permanente evolução que não cessará nunca, tem como principal objetivo a prestação de um serviço de excelência ao cliente, sendo que a modernização e tecnologia de vanguarda há muito fazem parte do ADN das empresas de locação meios de mobilidade sem condutor.

IV Painel – Os Desafios laborais na Era do Digital

A adoção das novas tecnologias com recurso ao digital, á automação e á inteligência artificial constitui hoje uma realidade na economia mundial e também na portuguesa, assistindo-se a investimento crescente por parte dos nossos empresários nesta área.

A tecnologia digital, a automação de processos, o recurso á inteligência artificial e a inovação ganham cada vez maior impacto na (re)organização do trabalho em diferentes setores de atividade, sendo grande parte das empresas representadas pela ARAC espelho das novas alterações tecnológicas, assistindo-se assim cada vez mais a alterações de procedimentos, com o objetivo final de proporcionar aos clientes uma cada vez melhor qualidade de atendimento e de serviço prestado.

Portugal é nesta vertente um exemplo a seguir, tendo recentemente o BEI – Banco Europeu de Investimento concluído que “as taxas de adoção do digital em Portugal estão acima da média da EU para todos os setores, exceto para a manufatura, e também acima dos EUA para o sector de serviços e, ainda mais para infraestrutura”.

O relatório do BEI transmite também que quase 60% das empresas digitais portuguesas aumentaram o número de trabalhadores nos últimos 30 anos comparativamente com as empresas não digitais.

Existem estudos que afirmam que metade das tarefas no nosso país poderão ser automatizadas até 2030. Será assim?

Com a automação criar-se-ão, novos empregos para onde se deslocarão os trabalhadores após a sua formação. Assistiremos a uma evolução da qualidade do emprego devido á automação e digitalização?

Deverão os trabalhadores adquirir já novas competências?

As empresas digitalizadas e com processos de automação terão ganhos de produtividade significativos?

A inteligência artificial na economia aumenta a produtividade dos trabalhadores, os quais utilizarão o tempo de forma mais eficiente?

O recurso á automação, digitalização e inteligência artificial permitirá a redução do horário de trabalho, ficando assim os trabalhadores com mais tempo disponível para a família e lazer?

O turismo desenvolver-se-á face ao maior tempo disponível dos trabalhadores?

V Painel - Os clientes mudaram/Os Millenials e os nativos digitais

No setor da locação de meios de mobilidade temos vindo a assistir ao surgimento de novos produtos e serviços baseados em sistemas digitais, quer reinventando a utilização do automóvel, quer massificando a locação de outros veículos, com enfoque nos meios de mobilidade suave.

A experiência do cliente vai ser cada vez mais prioritária para as empresas do setor do Turismo, e o aluguer de meios de mobilidade não é exceção. As empresas têm de inovar ao nível dos produtos e serviços que oferecem, de modo a responder de forma continua e instantaneamente às necessidades dos clientes, as quais estão em constante mutação.

Os telemóveis são hoje as ferramentas tecnológicas preferenciais para os clientes, que pesquisam continuamente os melhores negócios e as melhores experiências, sendo o marketing digital uma das ferramentas mais importantes de envolvimento das empresas com os clientes. Para as novas gerações, as quais já nasceram na era do digital, o site já é e continuará a ser o principal cartão-de-visita da empresa perante o cliente.

Os grandes desafios da economia digital para as empresas de locação de meios de mobilidade e a capitalização das suas potencialidades por parte das mesmas serão temáticas debatidas neste painel.

VI Painel – Futuro da Mobilidade numa Europa abalada pela Pandemia e pela Guerra

Estes são temas de grande atualidade que não pode perder.

A Convenção da ARAC constitui ainda uma oportunidade única para que os empresários do setor possam interagir com especialistas nacionais e estrangeiros em matérias de grande relevância para o presente e futuro da locação de veículos sem condutor, do Turismo e do setor automóvel.

Ao reunir no mesmo espaço empresários do setor, parceiros da atividade turística, do setor automóvel e entidades públicas e privadas ligadas ao Turismo, a Convenção proporciona também o ambiente ideal para o networking. Deste modo, a ARAC pretende contribuir ativamente para a modernidade e a qualidade do rent-a-car, fatores essenciais num mercado cada dia mais competitivo.

Muito gostaríamos que nos desse o prazer de contar com a sua presença, sendo que cada empresa associada disporá de uma inscrição gratuita. Para tal, bastará que nos faça a gentileza de confirmar a sua disponibilidade até ao dia 20 de março de 2023, através do email mail@convencao.arac.pt ou do site http://convencao.arac.pt .

Esclarecemos que os convites enviados são para o representante da empresa na ARAC e sem custo para o mesmo, podendo no entanto as empresas inscrever outras pessoas para além do convidado, devendo fazê-lo no site existente para efeito, sendo o custo da taxa de inscrição reduzida para empresas associadas.

INSCRIÇÕES

Data limite: 20/03/2023

Eventuais inscrições feitas após esta data não constarão na lista de participantes.

Sócios:

1 inscrição gratuita

Inscrições adicionais - € 85,00* / por pessoa

Não sócio:

€ 130,00* / por pessoa

*Isento de IVA – artº 9º nº 14 do CIVA

  • Para se inscrever, individualmente ou para mais de uma pessoa, preencha por favor o formulário no site da Convenção: http://convencao.arac.pt/inscricoes/
  • Faça a transferência no valor total da inscrição para o IBAN PT50. 0007. 0007. 00289120001.47 NOVO BANCO
  • Indique os dados para envio da fatura.
  • Após a receção do pagamento, entraremos em contacto e enviaremos a respetiva fatura.

Segue em anexo o Programa da Convenção.

Na expetativa da aceitação do presente convite, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,

 Paulo Pinto

Presidente do Conselho Diretor

Joaquim Robalo de Almeida

 Secretário-Geral