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ANAC vai criar grupo de trabalho para evitar constrangimentos no aeroporto de Lisboa
tnews


A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) anunciou, na Assembleia da República, que vai dinamizar um grupo de trabalho dedicado a encontrar soluções que evitem a repetição de constrangimentos por causa da limitação da capacidade aeroportuária, como atrasos nos voos.

“Independentemente da solução [para o aeroporto de Lisboa] que venha, efetivamente não vamos ter um aeroporto e uma capacidade aeroportuária alargada em tempo de retomarmos os movimentos de 2019”, afirmou numa audição parlamentar Tânia Cardoso Simões, indigitada para o cargo de presidente do Conselho de Administração da ANAC.

“Não queremos voltar aos constrangimentos que tivemos em 2019, nomeadamente com os atrasos, as questões de ruído”, explicou, adiantando que a ANAC “vai dinamizar” um grupo de trabalho para encontrar soluções, desde a gestão aeroportuária à navegação aérea e regulação ou operadores aéreos, para evitar os constrangimentos que se verificaram por causa da limitação da capacidade aeroportuária.

Tânia Cardoso Simões transmitiu aos deputados que o regulador, estando “particularmente atento agora” à retoma e ao crescimento, vê com bons olhos que surja uma solução para a capacidade aeroportuária de Lisboa “o mais depressa possível”.

Disse ainda que a ANAC tem também a preocupação de que seja uma solução “robusta”, que tenha por trás “os estudos que foram considerados suficientes e adequados” e que é justamente esse o caminho que se está a fazer neste momento.

“Portanto, acompanhamos, porque as decisões são políticas. Estamos agora mais centrados, enquanto regulador, no período até à construção do aeroporto”, afirmou, concluindo tratarem-se de notícias preocupantes mas, ao mesmo tempo, boas notícias.

Para Tânia Cardoso Simões, o “desafio maior” a breve trecho vai ser, não só resolver problemas financeiros, como a recuperação da TAP e da SATA, mas a adaptação do setor às obrigações do pacote climático Fit for 55, e investimentos necessários, um pacote para que a União Europeia cumpra até 2030 a meta de reduzir 55% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa, face a 1990.