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Residentes realizaram no verão maior número de viagens desde o início da pandemia
PUBLITURIS


Os residentes em Portugal realizaram, no terceiro trimestre de 2021, o maior número de viagens desde o início da pandemia, num total de 7,7 milhões de deslocação, o que corresponde a um aumento de 21,3% face a igual período de 2020, mas a uma quebra de 11,1% face ao terceiro trimestre de 2019, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados divulgados pelo INE esta quinta-feira, 27 de janeiro, e que são relativos ao terceiro trimestre de 2021, nesse período, os residentes em Portugal realizaram 454,8 mil viagens com destino ao estrangeiro e 7,3 milhões de deslocações em território nacional, valores que traduzem, no entanto, tendências diferentes.

No caso das viagens ao estrangeiro, que representaram 5,9% do total, houve um aumento de 180,9% face a igual período de 2020, ainda que, numa comparação com o terceiro trimestre de 2019, continue a existir uma quebra de 57,2%.

Já as deslocações em território nacional, que corresponderam a 94,1% do total, traduzem um aumento de 17,1% face ao terceiro trimestre de 2020, ainda que, face ao mesmo período de 2019, se registe uma descida de 4,6%.

“Em ambos os casos, os valores registados no 3ºT 2021 corresponderam aos mais elevados desde o início da pandemia”, indica o INE, revelando que o “lazer, recreio ou férias” se manteve como a principal motivação de viagem, representando 5,4 milhões de deslocações, o que indica uma subida de 20,9% face ao mesmo período de 2020, mas uma descida de 6,2% quando comparada com igual trimestre de 2019.

Já a “visita a familiares ou amigos” foi a segunda motivação de viagem e representou 1,9 milhões de deslocações, o que traduz um aumento de 24,4% face a igual período de 2020, mas uma descida de 16,2% quando comparado com o mesmo trimestre de 2019.

Os “hotéis e similares” concentraram 29,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas no terceiro trimestre de 2021, reforçando o seu peso no total, que subiu 4,3 pontos percentuais, enquanto o “alojamento particular gratuito” se manteve como a principal opção e representou 56,6% das dormidas, numa descida de 4,4 pontos percentuais.

Já a marcação das viagens foi realizada, essencialmente, através da internet, que foi o método escolhido em 25,3% dos casos, o que traduz um aumento de 0,6 pontos percentuais, com destaque nas viagens para o estrangeiro, onde este meio foi utilizado em 65,4% das deslocações, num aumento de 4,8 pontos percentuais, enquanto nas viagens em território nacional representou 22,8% das deslocações, o que traduz uma descida de 1,0 pontos.

Apesar do crescimento no número de deslocações, cada turista residente dormiu, em média, 8,24 noites nas viagens turísticas realizadas no terceiro trimestre de 2021, o que indica uma descida de 1,9% face a igual trimestre de 2021, quando o número médio de noites foi de 8,41. Ainda assim, face ao mesmo período de 2019, houve uma subida, já que no terceiro trimestre de 2019 este indicador estava nas 7,80 noites.

“A duração média mais elevada foi observada nas viagens realizadas em agosto (9,26 noites)”, acrescenta ainda o INE.