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Apetite de estrangeiros por Portugal não trava em época baixa e soma 4,9 milhões de dormidas
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2022 foi pujante para a recuperação do turismo nacional que atingiu recordes no verão mas a elevada procura estendeu-se também no início da época baixa. Em outubro, os alojamentos turísticos nacionais registaram 6,8 milhões de dormidas, um crescimento de 6,2% face a 2019. Já o número de hóspedes subiu 5% em comparação com o mesmo período pré-pandemia, para 2,6 milhões, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira, 30.
O apetite de estrangeiros pelo país continua afinado com os mercados externos a assumir um peso de 72,7% no total das dormidas, somando mais 1,5% face a 2019, totalizando 4,9 milhões de dormidas. Os turistas nacionais perderam força em comparação ao ano passado (-2,7%) com 1,8 milhões de dormidas. A descida justifica-se pelas restrições pandémicas que se ainda se verificavam no mesmo período de 2021. Olhando para 2019, o mercado interno cresceu 21% no décimo mês do ano.

Sem surpresas, o mercado norte-americano,à luz da tendência dos meses anteriores, continua a ganhar fôlego e cresceu 39,5% face a 2019. Também o mercado checo se destacou com um disparo de 63%. Por outro lado, os alemães (-10,2%), os brasileiros (-15,3%) e os franceses (-2,2%) diminuíram a quota no grupo dos 17 principais mercados emissores, adianta o boletim estatístico.

Dormidas no Algarve em queda
Olhando para o mapa nacional, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões mas comparando com outubro de 2019, apenas o Algarve registou um decréscimo (-1,3%).

"Os maiores aumentos ocorreram na Madeira (+25,0%) e nos Açores (+17,5%). Relativamente às dormidas de residentes, observaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a Madeira (+97,1%), seguida do Algarve (+24,8%), Alentejo (+23,9%) e Centro (+20,1%). As dormidas de não residentes aumentaram nos Açores (+21,4%), Madeira (+15,4%), Norte (+7,9%) e Lisboa (+2,5%) e diminuíram no Centro (-9,5%), Algarve (- 4,9%) e Alentejo (-3,4%)", adianta o INE.

No acumulado do ano, as dormidas caíram 1,6% em comparação com 2019 à boleia da diminuição das dormidas de não residentes (-6,0%). Já as dormidas de estrangeiros cresceram 9%.