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Ryanair antecipa subida dos preços dos bilhetes aéreos entre 5% e 10% em 2023
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O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, estima que, em 2023, os preços dos bilhetes aéreos aumentem entre 5% e 10% face ao último verão, uma vez que a procura por viagens aéreas está a aumentar, enquanto a capacidade diminuiu, antecipou o responsável esta quarta-feira, 1 de fevereiro, em conferência de imprensa.

“Há menos capacidade e maior procura na Europa e, desde que não existam mais notícias negativas, seja sobre a COVID-19, a guerra na Ucrânia ou outros eventos negativos, acredito que este verão os bilhetes aéreos vão subir entre 5 e 10% face ao verão de 2022”, afirmou o responsável.

Apesar da subida dos preços, Michael O’Leary não acredita que os passageiros deixem de viajar porque as tarifas aéreas estão mais elevadas e deu o exemplo do mercado britânico, cujas reservas para a Páscoa e verão estão muito elevadas para destinos de praia no sul da Europa.

“Nada vai afastar as pessoas de viajar. Depois de um isolamento de dois anos e meio devido à COVID-19, em que as pessoas não puderam ver a família e os amigos, em que não puderam viajar para as praias de Portugal, penso que vão voltar a viajar. Podem cortar noutras áreas, como em carros ou na casa, mas vão viajar”, considerou.

Para Michael O’Leary, as viagens de longo curso deverão demorar mais a recuperar, seja porque o dólar está mais elevado ou porque as restrições à COVID-19 na Ásia ainda estão a ser levantadas, ao contrário do médio curso e da curta distância, onde já se está a assistir a um aumento das reservas.

“Penso que o longo curso vai ser mais fraco, devido à subida do dólar e às restrições na Ásia, mas o médio curso e a curta distância, particularmente desde o Reino Unido, vai ser muito forte, as reservas do Reino Unido para as praias da Europa estão muito fortes, seja para a Páscoa ou já para o verão e penso que nada as vai afetar, a não ser que existam eventos pouco comuns”, acrescentou.

Este verão, a Ryanair vai contar com 19 novas rotas em Portugal, incluindo 11 no Porto e oito em Faro, com Michael O’Leary a explicar que a Ryanair não vai crescer em Lisboa, Madeira e Açores porque as taxas estão demasiado elevadas e, no caso de Lisboa, também porque a TAP não liberta os slots que não está a utilizar, nem é construído um novo aeroporto.

“Infelizmente não há crescimento em Lisboa porque a TAP continua a bloquear os slots que tem e que não usa. Continuamos a pedir ao Governo que peça à TAP que liberte estes slots e que acelere a abertura do aeroporto do Montijo. Isso iria criar uma fantástica oportunidade de aumentar o tráfego, o turismo e os empregos em Lisboa”, admitiu o CEO da Ryanair.

Apesar de não existir crescimento em Lisboa, Madeira e Açores, a Ryanair conta crescer 13% em Portugal e transportar um total de 13 milhões de passageiros na rotas nacionais em 2023, tornando-se na companhia aérea número 1 no país.

“Mesmo com tudo isto, continuamos a crescer e vamos ser a companhia aérea número 1 do país, com 13 milhões de passageiros para o ano fiscal de 2024”, afirmou, indicando que a Ryanair está “a crescer fortemente em Portugal” e vai basear mais quatro aviões em território nacional, concretamente dois no Porto e outros dois em Faro.